O aumento dos preços das passagens aéreas tem sido uma preocupação crescente para os brasileiros. Recentemente, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, convocou as empresas do setor para apresentarem, em até 10 dias, um plano ao governo federal visando conter esses aumentos abusivos.
Em uma reunião realizada na última terça-feira, 14 de novembro, o ministro expressou sua preocupação com os aumentos considerados injustificáveis, mencionando trechos onde os valores subiram exponencialmente. Enquanto alguns voos permanecem acessíveis, outros viram seus preços dobrarem ou triplicarem, impactando severamente a população.
Costa Filho ressaltou que, embora haja um aumento global nos preços das passagens, é inadmissível que os reajustes prejudiquem tanto os brasileiros. Ele destacou a redução de cerca de 14% no preço do querosene de aviação este ano e enfatizou a necessidade de diálogo e cooperação com as companhias aéreas para garantir preços mais justos.
Este aumento significativo nos preços das passagens aéreas teve um impacto considerável na inflação oficial do país. Em setembro, houve um aumento de 13,47%, que saltou para 23,7% em outubro, tornando-se um dos principais fatores de influência na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Embora tenha feito a cobrança por preços mais acessíveis, o ministro reconheceu os desafios enfrentados pelo setor aéreo durante a pandemia e destacou que o mercado brasileiro representa mais de 70% da judicialização global nesse segmento, acarretando impactos anuais de R$ 1 bilhão para as empresas de aviação.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se manifestou, destacando sua disposição para colaborar com o governo federal na busca por soluções. Destacaram a adesão ao Programa Voa Brasil e o alinhamento com os objetivos do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas com preços competitivos.
A Abear ressaltou a importância de informações compartilhadas com o Ministério de Portos e Aeroportos, destacando a necessidade de lidar com os custos das companhias aéreas, a queda do preço do combustível de aviação (QAV), a redução da judicialização no setor, a diminuição de tributos e o estímulo à concorrência para tornar o acesso ao transporte aéreo mais democrático.
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Fonte: Agência Brasil.
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